sexta-feira, 13 de maio de 2011

Emprego industrial se mantém estável no mês de março gerando instabilidade

Em março de 2011, o emprego industrial mostrou quadro de estabilidade (0,0%) na passagem de fevereiro para março, após avançar 0,5% no mês anterior. Contudo, o índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, após apontar variação de 0,1% em fevereiro e ficar estável de outubro a janeiro. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o pessoal ocupado na indústria cresceu 0,3% nos três primeiros meses de 2011, sétimo trimestre consecutivo de expansão, acumulando nesse período ganho de 5,7%. Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, os índices mensal (que assinalou o décimo quarto mês seguido de expansão) e acumulado no primeiro trimestre do ano permaneceram com resultados positivos, mas com clara redução na intensidade do crescimento, refletindo em grande parte a elevação da base de comparação.
Frente a março de 2010, o emprego industrial avançou 2,2%, décima quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (0,8%). No fechamento do primeiro trimestre do ano observou-se expansão de 2,6% no confronto com igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando crescimento (3,9%), mas repetiu o resultado de fevereiro.
A expansão de 2,2% no índice mensal de março de 2011 mostrou perfil generalizado de crescimento, com doze dos quatorze locais e treze dos dezoito setores investigados ampliando as contratações. Entre os locais, as principais contribuições positivas para o resultado global vieram da região Nordeste (3,8%), região Norte e Centro-Oeste (4,1%), Rio Grande do Sul (3,7%), Paraná (4,2%) e Minas Gerais (2,7%).                  Na região Nordeste, os ramos que mais contribuíram para a expansão do emprego industrial foram alimentos e bebidas (5,6%), minerais não metálicos (8,9%) e vestuário (4,7%). Na região Norte e Centro-Oeste sobressaíram os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (28,6%) e de produtos de metal (32,3%), enquanto na indústria gaúcha, destacaram-se positivamente alimentos e bebidas (8,5%), produtos de metal(15,6%), máquinas e equipamentos (7,8%) e meios de transporte (7,9%). Nas indústrias paranaense e mineira, os impactos mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (7,9%), produtos de metal (20,6%) e meios de transporte (13,1%), no primeiro local, e de meios de transporte (7,7%) e produtos de metal (6,9%), no segundo.
Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os destaques ficaram com os ramos de meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%), alimentos e bebidas (2,4%), máquinas e equipamentos (5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), metalurgia básica (7,7%) e outros produtos da indústria de transformação (5,3%). Por outro lado, as pressões negativas mais importantes sobre o total da indústria neste mês ficaram com papel e gráfica (-8,5%), vestuário (-3,8%) e madeira (-7,6%).
No fechamento do primeiro trimestre do ano, o emprego industrial assinalou expansão de 2,6%, com treze locais e doze ramos ampliando o contingente de trabalhadores. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes vieram de meios de transporte (8,3%), produtos de metal (8,3%), máquinas e equipamentos (6,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,9%), alimentos e bebidas (1,7%) e metalurgia básica (8,3%), enquanto papel e gráfica (-8,0%), vestuário (-2,8%) e madeira (-5,7%) exerceram os principais impactos negativos. 

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