quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Começou neste domingo, 21, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla



As APAES de todo Brasil celebram durante esta semana as conquistas realizadas
pelos deficientes e aproveitam para lembrar e reivindicar suas necessidades. As entidades
de luta de direitos da pessoa com deficiência têm sido militantes na garantia dos princípios constitucionais, conseguindo o avanço de importantes pontos fundamentais para qualidade
de vida da pessoa com deficiência em vários níveis, como: autonomia e participação na sociedade, atendimento clínico, acessibilidade física, conquista de apoios em locais de grande circulação, criação de conselhos municipais e estaduais para debates sobre a situação da pessoa com deficiência nestes contextos, dentre outros avanços sociais.
Agora a luta é fazer com que todas as pessoas com deficiência tenham acesso a essas garantias e criar meios para que possam expressar suas necessidades para buscar novos espaços. Desta forma, as entidades são agentes de desenvolvimento social sem as quais o estado brasileiro não teria avançado na conquista da justiça para as pessoas com deficiência.
Os gregos acreditavam que deveriam manter as pessoas com deficiência fora do convívio social para garantir uma sociedade forte, mas este posicionamento é questionável da seguinte forma: como uma sociedade pode ser forte se tem medo de uma criança? Isto já não seria covardia?
Por séculos as histórias dos heróis, como: Aquiles, Odisseu, Perseu e tantos outros, extasiaram gerações pela grandeza de seus feitos. Reflitamos sobre as histórias de superação das pessoas com deficiência e o empenho de seus familiares para seu desenvolvimento, e acharemos feitos tão nobres quanto os daqueles heróis. Nesta perspectiva as pessoas com deficiência e suas famílias tem nos ensinado muito sobre fortaleza e heroísmo.
Esta quebra da cultura representa a ruptura de velhos conceitos, em virtude de novos que consigam aproximar a sociedade da justiça. A indiferença sem dúvida é uma das piores heranças culturais, sendo o ato de ignorar aquilo que é diferente. Esta é uma atitude que nos torna covardes, pois quando se começa a eximir de suas responsabilidades com o outro, o ser torna-se fraco. Contemporaneamente a indiferença tem permitido várias violências. Como nos ensinou William Shakespeare “Depois de um tempo você aprende que não importa o quanto você se importe... existem pessoas que simplesmente não se importam”, a maioria das pessoas se importa com questões de sua própria existência, o que muita vezes já é uma conquista grandiosa, como no caso das pessoas com deficiência e suas famílias que em suas conquistas diárias nos dão lições de coragem e nos faz refletir a respeito do que realmente tem valor. Sendo assim, se cada um de nós aprendesse esta lição de fazer de nossa existência um exemplo de superação e de dedicação ao próximo, como a família que luta para o desenvolvimento de seu filho, seria o começo de um mundo mais justo, seria quebrar a cultura da indiferença.

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