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Policia Federal acredita que o chefe da quadrilha é o sulparaibano Emanoel Bastos
Na última semana, 650 agentes da Polícia Federal e dezenas de auditores da Receita Federal, com a ajuda de um helicóptero e de centenas de viaturas policiais, revelaram ao Brasil a existência de uma sofisticada organização criminosa que, sediada na Bahia e com tentáculos por 17 estados, prosperava com a sonegação de impostos. O esquema era liderado por seis integrantes da família de Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, chamados pelos policiais de “cabeças”, e treze “gerentes”. Embora Costa Pinto tenha desembarcado nas manchetes dos jornais como mentor da fraude colossal, algumas autoridades acreditam que o cérebro da rede era Emanoel Bastos, um homem de 71 anos, nascido na cidade de Paraiba do Sul,RJ, que trabalhou alguns anos como auditor fiscal.
Emanoel Bastos é um dos “gerentes” relacionados pela Polícia Federal no inquérito que desencadeou a Operação Alquimia. Em julho de 1985, foi contratado pelo governo de Mato Grosso do Sul para trabalhar na área fiscal. Cinco meses depois, acabou demitido “a bem do serviço público” – de acordo com o inquérito da operação, ao qual o site de VEJA teve acesso. Bastos decidiu, então, retomar a carreira de advogado. Em dezembro de 1986, transferiu-se para São Paulo, também para atuar como funcionário do governo estadual. Três meses depois, aprovado num concurso público, tornou-se auditor fiscal da Secretaria da Fazenda da Bahia. Foi lá que, aparentemente, aprendeu que sonegar impostos garantiria uma velhice tranquila. Em 1988, a Justiça expediu dois mandados de prisão preventiva contra o advogado, acusado de “corrupção passiva”. Cinco anos depois, em novembro de 1993, o governo baiano descobriu o prontuário por trás do currículo de Bastos e o demitiu.
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