Por
que 21 de março?
O dia foi escolhido pela organização Síndrome de Down Internacional,
A data, que foi instituída em 2006, ficou
conhecida no ano passado, quando uma série de eventos foram realizados em todo
Brasil, entre eles, uma audiência pública sobre Síndrome de Down no Senado
Federal com a presença do jogador Romário, sua esposa Isabella e a filha mais nova, Ivy.
Este ano o Brasil tem muitos avanços a comemorar e pode dar
um belo exemplo ao resto do mundo. Entre eles o aumento do número de matrícula
de crianças com Síndrome de Down incluídas na rede regular de ensino, junto com
todas as outras crianças.
Este direito à Educação Inclusiva vem a ser reforçado com o
advento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, aprovada no fim do ano passado pela ONU. A Convenção, a primeira
do século XXI, foi assinada por 122 países e ratificada por 14. Se passar no
Congresso com quorum qualificado, valerá como emenda constitucional e terá
ainda mais força.
O que é a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down
é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e
classes sociais. É a ocorrência genética mais comum, sendo registrada
aproximadamente em 1 de cada 700 nascimentos. Não é uma doença e, portanto, as
pessoas com Síndrome de Down não são doentes. Não é correto dizer que uma
pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O
correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down. A síndrome
de Down também não é contagiosa. Por motivos ainda desconhecidos, durante o
desenvolvimento das células do embrião são formados 47 cromossomos no lugar dos
46 que se formam normalmente. O material genético em excesso altera o
desenvolvimento regular da criança. Este material extra se encontra localizado
no par de cromossomos 21, daí o outro nome pelo qual é conhecida, Trissomia do
21. Para confirmar o diagnóstico de síndrome de Down é necessário fazer um
exame genético, chamado cariótipo.
Os efeitos do material genético adicional variam enormemente
de indivíduo para indivíduo. Não há exames que determinem, no nascimento, como
a pessoa vai se desenvolver. Para que ela tenha condições de atingir todo seu
potencial é importante que seja encaminhada, ainda bebê, a profissionais
habilitados para um programa de estimulação precoce.
Como a maioria das mulheres que tem filhos é jovem, cerca de
80% das crianças com Síndrome de Down nascem de mulheres com menos de 35 anos.
Mas a incidência da síndrome de Down entre mulheres mais velhas é maior. De
cada 400 bebês nascidos de mães com mais de 35 anos, um tem Síndrome de Down.
Expectativa de vida
Devido aos avanços da medicina, que hoje trata os
problemas médicos associados à síndrome com relativa facilidade, a expectativa
de vida das pessoas com Síndrome de Down vem aumentando incrivelmente nos
últimos anos. Para se ter uma idéia, enquanto em 1947 a expectativa de vida era
entre 12 e 15 anos, em 1989, subiu para 50 anos. Atualmente, é cada vez mais
comum pessoas com Síndrome de Down chegarem aos 60, 70 anos, ou seja, uma
expectativa de vida muito parecida com a da população em geral. Recentemente
faleceu em Anápolis, Goiás, a pessoa com síndrome de Down mais velha do mundo,
Dilmar Teixeira.

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