quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Anderson Zanon diz que não se afastará da Prefeitura de Sapucaia


A Câmara de Vereadores de Sapucaia votou a favor do afastamento do prefeito reeleito do município, Anderson Zanon (PSD), na noite de segunda-feira (08). Seis vereadores aprovaram a instauração de uma Comissão Processante para investigar o prefeito. 

O chefe do executivo é acusado de improbidade administrativa por falsificação de documentos que permitiram um saque dos cofres públicos no ano de 2010. A Comissão Processante será formada pelos vereadores Marcelo Seixas Esteves, Warner Pereira Gomes e Rildo Rodrigues de Souza.

O prefeito Anderson Zanon declarou ao ENTRE-RIOS JORNAL que não se afastará do cargo. “Irei continuar trabalhando normalmente enquanto a Justiça não pedir o afastamento. Não me oponho à investigação. Os vereadores têm o direto de apurar, mas não podem me afastar sem terem provas. Tenho a consciência tranquila que não fiz nada de errado. Disponibilizarei todos os documentos para a Câmara”, disse o prefeito de Sapucaia.

Segundo Zanon, a decisão de seu afastamento trata-se de uma perseguição política contra ele. “Dos seis vereadores que votaram a favor do meu afastamento, cinco não se reelegeram para o próximo mandato. Eles estão fazendo isso por vingança. Por que somente agora eles quiseram me afastar? A investigação é baseada em fatos antigos que já eram de conhecimento dos vereadores. As contas de 2010 foram analisadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e aprovadas pela Câmara Municipal de Sapucaia” declarou Anderson Zanon.

Com o afastamento do prefeito Anderson Zanon, o vice-prefeito Bianor Damázio assumirá o cargo.

No último dia 24 de setembro, a votação de uma comissão pelo afastamento de Anderson Zanon foi suspensa pelo juiz Luiz Olimpio Mangabeira Cardoso. Na época, o prefeito de Sapucaia solicitou uma tutela antecipada visando à abstenção da Casa Legislativa de colocar em discussão e votação a abertura de uma comissão contra ele. O juiz atendeu ao pedido de Zanon e deferiu uma medida liminar suspendendo a votação ou qualquer discussão sobre procedimento investigatório ou pedido de afastamento do prefeito até o dia das eleições, sob pena de multa de R$ 200 mil pelo descumprimento do ato. 

Em nota, a Câmara de Vereadores de Sapucaia chegou a afirmar que a “medida liminar deferida pelo juiz fere o princípio da autonomia e separação dos poderes. A medida judicial que impossibilitou o trabalho do legislativo fez parecer que os vereadores estariam descumprindo a lei, transformou as práticas ilegais em legais e fortaleceu as práticas odiosas de improbidade administrativa praticadas pelo Executivo”.

Entre-Rios

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