Diversas denúncias de ilegalidade no deposito de lixo hospitalar em local inapropriado foram feitas ao Jornal A Folha que prontamente foi averiguar os fatos.
Já noticiado pelo mesmo, vale lembrar que em fevereiro estivemos na Estrada da Barrinha e flagramos um funcionário da prefeitura jogando o lixo na estrada que da acesso ao “lixão” municipal. Na ocasião, a Srº Dagmar Pinheiro, deu uma declaração, no qual afirmou que todos os dias por volta de 11h uma Kombi de placa L J W 3263 com símbolo da Prefeitura municipal para bem próximo a casa dela e joga o lixo, colocando fogo, trazendo assim uma insegurança muito grande por parte dos moradores.
Na última quarta-feira (13), nossa equipe se dirigiu até a Secretaria de Saúde onde conversamos com o Sr. Emilson que é o atual Secretário de Saúde do município, onde o mesmo nos deu várias declarações em entrevista exclusiva.
A Folha: Qual a posição da secretaria de Saúde em relação a ilegalidade que está ocorrendo na Estrada da Barrinha, com o depósito ilegal de lixo hospitalar em local inapropriado?
Secretário: O que vem ocorrendo em relação a pauta tomada por você, é que está sendo jogado lixo hospitalar na Barrinha e isso procede pois é o único local que temos na cidade para o depósito do mesmo.
Mas posso garantir que medidas estão sendo tomadas junto ao Prefeito Gil Leal, para que este problema não mais aconteça.
A Folha: De que forma está sendo transportado este lixo?
Sec: Temos um veículo próprio para o transporte diariamente, veículo este que é higienizado todos os dias para maior segurança de todos e do funcionário que transporta.
Este funcionário que citei manuseia as sacas com os dejetos hospitalares sempre com luvas.
As sacas onde os lixos são colocados são demarcadas com símbolos.
A Folha: Várias denúncias chegaram a nosso conhecimento, inclusive de famílias que residem na Estrada da Barrinha, onde elas demonstraram medo por não saber do que realmente se trata, e quais os riscos que estão correndo, por isso Secretário diga o senhor mesmo quais são estes riscos?
Sec: O que é jogado no “Lixão” municipal é realmente lixo hospitalar, mas posso lhe garantir que não tem nenhum tipo de elemento, com enxofre ou chumbo, por isso com a queima deste lixo se torna tóxico como qualquer queima de outros dejetos.
A orientação que é dada aos nossos funcionários, mais precisamente ao funcionário que faz o transporte do lixo é que este seja jogado no local onde foi estipulado para isso. Por exemplo, no “lixão” municipal tem um buraco feito por uma retroescavadeira onde ali deve ser jogado e incinerado.
A Folha: Existe uma diferença muito grande entre incinerado e queimado, e o que acontece em Paraíba do Sul é a queima do lixo e não a incineração, o senhor está ciente disso?
Sec: sim, o que acontece na cidade é a queima do lixo não a incineração, mas como havia falado temos um local próprio para isso, não é o correto admito, mas é a maneira encontrada para se depositar estes lixos.
A Folha: Secretário, sabemos que é ilegal o depósito de lixo contaminado ou lixo hospitalar em lugar inapropriado, sujeito a penalidades, porque em nossa cidade se persiste no erro?
Sec: Admito que em nossa cidade a destinação não esta dentro do que se determina, mas não é um problema apenas de Paraíba do Sul, mas também de outras cidades da região.
A Folha: Mas se outros municípios não cumprem o que é determinado, vale de justificativa errar coletivamente?
Sec: Como falado, eu juntamente com o Prefeito Gil Leal estamos estudando medidas emergenciais, para que possa não mais se errar neste sentido na cidade, baseado na construção de um aterro sanitário.
A Folha: Tem previsão para a construção deste aterro sanitário?
Sec: não, mas posso garantir que estamos trabalhando para que isso ocorra o mais rápido possível.
A Folha: Gostaria de passar ao povo sulparaibano alguma explicação, mas precisamente aos residentes da Estrada da Barrinha?
Sec: O que vinha ocorrendo é que um funcionário estava depositando este lixo na Estrada que leva ao “lixão” municipal, mas isto já foi corrigido e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que um problema grave como este não ocorra em nossa cidade.
A entrevista exclusiva com o Secretário de Saúde foi realizada na sede da secretaria às 11h 30 minutos, com a duração de 25 minutos gravada em áudio e redigida piamente com o que o mesmo declarou.
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