sexta-feira, 6 de maio de 2011

Produção industrial cresce no mês de março

 A produção industrial avançou 0,5% na comparação entre fevereiro e março de 2011 na série livre de influências sazonais, acumulando ganho de 2,8% em três meses de expansão. Isso evidencia uma aceleração no ritmo produtivo, já registrada em janeiro, que cresceu 0,3% frente a dezembro de 2010, e fevereiro, com alta de 2,0% em relação ao mês imediatamente anterior. Com esses resultados, o patamar de produção de março de 2011 alcançou o ponto mais elevado desde o início da série histórica. Frente a igual mês do ano passado, a atividade fabril recuou 2,1%, primeiro resultado negativo desde outubro de 2009. No fechamento do primeiro trimestre de 2011, o setor industrial cresceu 2,3% frente a igual período do ano anterior e 1,3% no confronto com o trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, permaneceu positiva (6,8%), mas prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em outubro do ano passado.
O aumento no ritmo de atividade em março frente a fevereiro foi observado em 13 dos 27 setores pesquisados, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,1%), que eliminou a perda de 3,1% registrada no mês anterior, máquinas e equipamentos (1,8%), calçados e artigos de couro (9,2%), outros equipamentos de transporte (3,6%), produtos de metal (2,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,9%). A principal pressão negativa ficou com o setor de alimentos (-3,9%), seguido por equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-9,2%), indústrias extrativas (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%) e bebidas (-2,8%). Com exceção do setor extrativo, que apontou o terceiro recuo consecutivo, os demais ramos com queda na produção em março registraram expansão no mês anterior: 6,5%, 9,9%, 0,5% e 1,4%, respectivamente.
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com fevereiro, os setores produtores de bens de consumo duráveis (4,1%) e de bens de capital (3,4%) registraram as taxas mais elevadas. O primeiro eliminou a perda de 1,1% observada no mês anterior, e o segundo acumulou ganho de 7,4% em três meses consecutivos de expansão. Estes segmentos atingiram o patamar mais elevado desde o início da série histórica. A produção de bens de consumo semi e não duráveis também cresceu (1,0%), mas o setor de bens intermediários (-0,2%) apontou o único resultado negativo de março, após crescer 1,3% em fevereiro.

Avaliação do crescimento entre setores nas cidades de Paraíba do Sul e Três Rios

Em fevereiro o mercado de trabalho formal das duas maiores cidades da Microrregião Centro-Sul Fluminense (Três Rios e Paraíba do Sul) registrou comportamentos diferentes. Em Três Rios foram geradas 143 vagas, uma recuperação em relação a janeiro, quando foram fechadas 185 vagas; em Paraíba do Sul ocorreu o fechamento de 94 vagas, um comportamento inverso ao de janeiro, quando foram geradas 107 vagas.
No mês de fevereiro o setor que apresentou o melhor desempenho em Três Rios, com o maior número de contratações foi a indústria de transformação, com 
141 novas contratações, um crescimento de 2,35% em relação ao mesmo mês de 2010. Em Paraíba do Sul não foram registrados saldos positivos, com cinco setores reduzindo o número de empregados (principalmente a indústria de transformação, que demitiu 52 trabalhadores).

Saldo do mês de Fevereiro
No acumulado do primeiro bimestre, Paraíba do Sul registra um saldo superior ao de Três Rios, com a geração de 13 vagas, graças ao desempenho de janeiro. O setor com melhor resultado no município é a administração pública, que contratou 109 trabalhadores celetistas, um crescimento de 259,5% em relação a janeiro de 2010. Em Três Rios, devido ao forte fechamento de vagas em janeiro, o acumulado do primeiro bimestre ficou negativo em 42 vagas. O comércio registrou o pior desempenho, com o fechamento de 111 vagas no período. Já a indústria de transformação registra o melhor saldo, com a criação de 74 vagas.



Saldo do Ano 
Nas duas principais cidades da Microrregião Centro-Sul Fluminense o mercado de trabalho vem se comportando de forma positiva, apesar do fechamento de vagas no primeiro bimestre em Três Rios. Com a confirmação da implantação de novas indústrias na região, como a Nestlé, que vai gerar 1.250 vagas diretas e indiretas, além do aquecimento da agropecuária para o fornecimento de leite (com apoio dos programas de financiamentos lançados pelo governo do estado através do Banco do Brasil), as cidades tendem a registrar em 2011 um comportamento ainda melhor do mercado de trabalho formal em relação a 2010.

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